2060

Lembra-se da década de 2020?
As roupas horríveis, os telefones estranhos, as palhinhas de plástico? As estações do ano? Ainda havia neve, lembro-me de ver vídeos de esqui nas redes sociais; passávamos dias sem fazer nada, apenas a fazer scroll nestas publicações. E já existia uma forma básica de IA… Chat… qualquer coisa? Porque era só para conversar. Mas as pessoas ainda se encontravam pessoalmente. Aposto que os políticos não eram assim tão idiotas. Houve tantas oportunidades. Além disso, lembro-me que o meu telemóvel conseguia durar um dia sem carregar. As coisas não eram assim tão complicadas naquela altura. Eu era tão jovem e tão cheio de medo, esperança e confusão.
2060 é uma performance interdisciplinar sobre um futuro não tão distante baseada na imaginação da juventude de hoje. A Geração Z e Alfa crescerão em breve neste futuro utópico (ou distópico?) e viverão numa realidade que evoca medo, ansiedade, excitação, ignorância, esperança ou desespero, dependendo de a quem se pergunta. Entre fantasias de viagens espaciais e crise climática, mundos digitais e analógicos, androides, avatares e palhinhas de plástico, 2060 é um panorama em alta definição do tipo de futuro que a juventude de hoje viverá dentro de alguns anos.