Nicolás Buenaventura Vidal
É algo extraordinário o que nós, humanos, fazemos: contar. Tão vital quanto comer e beber, tão necessário quanto pensar, tão indispensável quanto brincar, tão simples quanto respirar.
Há contos casa, onde podemos encontrar abrigo e ficar para viver. Outros são rios e podemos tomar banho neles, muitas vezes. Outros são caminhos que percorremos e alcançamos outro lugar, onde já não somos mais os mesmos. Há também aqueles que são armas, permitem
defender. Outros são lâmpadas e permitem ver no escuro. Existem também os escuros e sombrios, onde nos podemos refugiar. Há alguns divertidos que distraem e há alguns que são para dormir e acordar.
Cada palavra é feita de várias palavras, cada língua de muitas línguas, cada história de todas as histórias. As histórias que acontecem neste espetáculo, feito com Palavras descalças vêm de vozes ancestrais. Para conhecer suas origens teríamos que traçar o rio acidentado da condição humana até o seu nascimento, quando as primeiras mulheres e os primeiros homens começaram a andar para contar, para contar até
andar. Não sei muito bem se são úteis ou para que servem, é algo que talvez todos saibam, ou Não…Têm em comum aquela alegria secreta da palavra falada. Recorri-os caminhando, transcendem-me, superam-me, caminham e levam-me a lugares e tempos que não conhecia.
** Espectáculo Integrado nos Caminhos de Leitura – XXI Encontro de Literatura Infantojuvenil **
Entrada Livre.
Mais Informações: bilheteira@cm-pombal.pt | 236 210 542